quarta-feira, 24 de setembro de 2008

São Paulo: Já não é o circo quem pega fogo, mas sim o palhaço.

Se as coisas por aqui andam mornas, em São Paulo, "a chapa tá esquentando!" como diriam os funkeiros.
Tudo porque a menos de 15 dias (ou a menos de 2 semanas, fica ao gosto do freguês...) das eleições municipais mais importantes do país, o tucano Geraldo Alckimin anda trocando farpas com o demo Kassab. Aliás, a direita paulistana está rachada. Anos de parceria dos tucanos com os demos (PFL na época), estão sendo jogados no lixo em 2008, tudo porque vereadores tucanos resolveram apoiar Kassab ao invés de Alckimin. As agressões chegam ao nível da ofensa pessoal, partida de Alckimin, em uma sabatina do jornal " Folha de São Paulo", chamando Kassab de "dissimulado".

A coisa anda tão feia para o lado da direita paulistana, que ambos os candidatos em questão, até têm, embora timidamente, admitido que o governo Lula está indo bem, tentando pegar carona na popularidade do presidente e garantir valiosos votos.

O clima de desespero é visível na campanha Alckimin. Troca dos marqueteiros, perda de correligionários para a candidatura Kassab, perda da segunda colocação, adoção da agressão como tática... enfim, é uma máquina desajustada.

A incógnita fica para o segundo turno. Como ficará a relação entre os dois partidos em questão, num segundo turno contra Marta Suplicy? Será que existe clima para uma reaproximação? Esparemos para ver. Por enquanto, façam suas apostas...

Ah! Como eu queria estar lá...

Chega! Depois tem mais!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A face "democrática" da direita boliviana

A Bolívia atravessa hoje uma grande crise. Os protestos da oposição do país, chegam às vias de fato, tudo porque Evo Morales vem introduzido mudanças, como submeter a referendo revogatório ( isto é, se o governante for derrotado no referendo, perde o mandato), os mandatos de presidente e prefeito ( cargo equivalente a governador), na metade dos mesmos e nacionalizar refinarias de gás e petróleo. Após a vitória de Morales no referendo e derrota de quatro prefeitos oposicionistas, que segundo as regras do referendo, tiveram que entregar oa cargos, a direita boliviana vem colocando as manguinhas de fora.

No melhor estilo "assim eu não brinco mais", a direita provoca a maior baderna da história do país. Decretam autonomia dos Departamentos (estados), contratam pessoas para assassinar camponeses, convocam greves e rejeitam qualquer tentativa de negociação.

A direita, que toma para si a alcunha de "democrática", com esses atos, não respeita a vontade popular, expressa nas urnas por duas vezes (eleições e referendo). Prejudicam o país fechando estradas e sabotando o fornecimento de gás natural, principal fonte de divisas da Bolívia.

Essa é a verdadeira face democrática da direita: Criam as crises e jogam a culpa no governante. E essa tese é ventilada aos quatro cantos pela imprensa comprada com polpudas quantias.
Vale destacar nesse texto a ação rápida da Unasul (União dos Países do Sul), que covocou uma reunião de emergência logo que explodiu a crise e deu apoio à Morales.

Que prevaleça na Bolívia a vontade da maioria, em detrimento dos ricaços que sempre levaram vantagem às custas da miséria do povo. Que Morales siga firme, sem medo de cara feia, cortando os privilégios e fazendo a justiça social reinar na Bolívia. Os ricaços que estiverem inastisfeitos, façam como os dissidentes cubanos: Vayan a la Miami!

Chega! Depois tem mais!

domingo, 14 de setembro de 2008

Zona Noroeste: A Santos do futuro.

Recentemente, a Zona Noroeste completou 32 anos de criação. Hoje gozamos de respeito e prestígio, sendo considerada a "Santos do Futuro", mas nem sempre foi assim.

A Zona Noroeste sempre foi vista pelo restante da cidade como o "patinho feio". Uma região problemática, tanto social como estruturalmente. Não era raro encontrar pessoas que confindiam essa região da cidade com São Vicente, ou pior, muitas nem a conheciam. As pessoas aqui eram tratadas como cidadãos de segunda classe, ou até como desclassificados. Era comum ouvir que na Zona Noroeste só morava bandido! Também era gritante o abandono dessa população. Alguns políticos fizeram algo, mas insuficiente para tirar anos de atraso da maior região da cidade.

Hoje, experimentamos um momento de progresso nesta região. Definida por muitos moradores como " cidade de interior", recebemos equipamentos e eventos que mudram de vez a cara da Zona Noroeste: Sambódromo, casa de shows, desfiles, apresentações de artistas famosos, empreendimentos imobiliários, entre outros.
Um curioso fenômeno é que os mesmos que antes torciam o nariz para a Zona Noroeste, "aterrissam" por aqui, construindo belas casas ou comprando imóveis.

Para que o desenvolvimento seja completo, quem ocupar o Palácio José Bonifácio, deve ter atenção especial no combate às enchentes e às vergonhosas favelas, incentivar a geração de emprego e renda para que os moradores não precisem deslocar - se. Também trazer mais eventos culturais e esportivos. Na Virada Cultural, por exemplo, salvo engano, não teve uma apresentação sequer. Tudo ficou concentrado na Praça Mauá, Centro e Zona Leste.
O novo equipamento esportivo construído recentemente, tem condições de abrigar grandes eventos esportivos, colocando de vez a Zona Noroeste na rota do esporte santista.
O Centro de Juventude, pode e deve abrigar peças de teatro e exposições. Sem contar a Praça da Paz Universal,que é a maior praça de Santos, pode abrigar shows à céu aberto. O Jardim Botânico poderia ser incluído como roteiro do "Conheça Santos". Este local que é importantíssimo no que diz respeito à educação ambiental, foi até tema do programa "Rota do Sol", da TV Tribuna.

Muito ainda deve e pode ser feito, para que a a Zona Noroeste continue sendo vista com outros olhos pela população santista, e que os daqui sintam cada vez mais orgulho de viver aqui.

Chega! Depois tem mais!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

11 de setembro de 1973: a data " esquecida"

Hoje, completa - se sete anos do ataque ao World Trade Center, em Nova York. Essa data, trágica para o mundo, provávelmente será lembrada nos quatro cantos do mundo. Mas existe um outro 11 de setembro geralmante não lembrado, o de 1973. Completa - se 35 anos da morte do Presidente chileno Salvador Allende, assassinado pelo general e depois ditador Augusto Pinochet, com a ajuda dos Estados Unidos

Umas das páginas mais vergonhosas da história latinoamericana, não recebe a mesma atenção da imprensa. A deposição de um governo democráticamente eleito pelo povo chileno, é escondida pela imprensa submissa aos EUA. Nenhuma nota ou citação ao fato foi feita até agora.

Hoje, os EUA posam de vítimas dos terroristas, mas financiaram golpes e financiam insatbilidade nos países que contestam e resistem à sua política. Se disfarçam de democratas, mas querem impor suas regras e se meter na vida dos países, mesmo que estejam há milhares de quilômetros de distância e que nem saibam de sua existência.



Salvador Allende desafiou os Estados Unidos nacionalizando bancos, minas de cobre e empresas que saqueavam seu povo. Literalmente deu a vida pelo seu povo e até hoje, serve de inspiração na luta por justiça social na América Latina, que até hoje sofre as conseqüências de séculos de pilhagem por povos estranhos ao nosso continente.

Fica aqui a minha singela homenagem ao destemido líder latinoamericano. Que ele continue nos inspirando nas lutas pelas causas justas do povo e que seja lembrado e reverenciado. Um líder que apesar de seu curto mandato, cumpriu sua missão, olhou pelo seu povo!

Hasta la Victória, Allende!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

ONU "descobre a roda"

A Organização das Nações Unidas(ONU), acaba de divulgar o seu relatório sobre emprego. Segundo ela, o Brasil apresenta melhoras na maioria dos indicadores do mercado de trabalho, mas ainda apresenta dificuldades quanto a inserção dos jovens e a diferença de salários entre gêneros(homens e mulheres) e entre brancos e negros. Ainda segundo o relatório, apeser de representar 70% da força de trabalho, ainda há discriminação de negros e mulheres no mercado de trabalho.

A ONU só vem confirmar o que os milhares de brasileiros sentem na pele. Um mercado de trabalho que é extremamente discriminatório. Empresários que vivem negando emprego aos jovens por falta de experiência, fazendo com que muitos deles caiam na marginalidade.

Um mercado de trabalho que apesar de seu crescimento, ainda é antidemocrático. Se não tiver experiência, você está condenado a informalidade. Exigem qualificações que muitos não têm acesso e ainda os empresários lançam mão de uma informatização desenfreada, sem critérios, como é o caso da Piracicabana.

Para os negros, sobram os trabalhos geralmente menosprezados pela sociedade, quando não a informalidade. Não são poucas as estórias de negros e negras recusados para algum cargo "não braçal". As mulheres, são discriminadas pelos patrões, por sua capacidade reprodutiva. Se quiser manter seu emprego, não pode realizar o sonho de ter filhos. Aos jovens, sobra a missão de tentar entender a lógica burra do mercado de trabalho capitalista: Ter experiência, mesmo que não lhe dêem oportunidades!

Vai entender!

Chega! Depois tem mais!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Cadê as eleições?

Essa eleição deveria ganhar o prêmio de "a mais sem graça". Com a enxurrada de proibiçoes feitas pela Justiça Eleitoral, parece que não estamos no período eleitoral. Se por um lado ganhamos por causa da limpeza das ruas e por estar um pouco menos desigual, perdeu - se aquela agitação, que deu lugar ao medo de uma eventual impugnação.

Aos 8 anos de Idade, foi a primeira campanha eleitoral que eu fiz parte. Trabalhei para a campanha saudoso Davi Capistrano em 1992, junto com a minha mãe e seus antigos patrões, Dra. Vera e Dr.Fenando. Testemunhei as provocaçoes e os ânimos exaltados dos cabos eleitorais do candidato Beto Mansur (formado em sua maioria por mulheres), nas ruas do bairro Jardim São Manoel. Saímos vitoriosos.

Vi também pessoas, principalmente crianças, se acotovelando para conseguir um brinde, fosse um chaveiro, um quebra - cabeça, um broche...até churrasco tinha nessa época.

Hoje, temos campanhas fantasmas. Nada se vê, a não ser muros pintados, alguns poucos cabos eleitorais e a indiferença dos eleitores. Claro que não sou a favor da compra de votos com comes e bebes, da sujeirada que ficava pelos postes e lugares públicos, mas tenho saudade da agitação, do barulho, da guerra de nervos dos cabos eleitorais. Que possamos voltar à essas épocas, que sem dúvidas, foram as melhores!

Chega! Depois tem mais.

EUA, terra da liberdade?

Quem assiste aos milhares de filmes norte-americanos que são despejados todos os anos nas telas brasileiras, provavelmente ja ouviu a seguinte frase:"Os EUA é a terra da liberdade". Mas a vida real, longe dos cinemas, contradiz a grande propaganda ideológica a qual os artistas e produtores estão a serviço.

Na porta do local onde se realizava a convenção nacional do Partido Republicano dos EUA, milhares de pessoas protestavam contra a guerra no Iraque.(fato ignorado pela serviçal TV Globo)Mais de 800 pessoas foram detidas, entre elas a jornalista Amy Goodman, do jornal 'Democracy Now',que tentou impedir que dois colegas de sua equipe fossem presos por suposta 'causa provavel de motim'.

Que espécie de liberdade é essa que detém jornalistas que estão cobrindo um evento? Onde estão as organizações de Direitos Humanos e a famosíssima "Repórteres Sem Fornteiras", que vivem acusando a China e Cuba de "falta de democracia".
Onde está a solidariedade da Tv Globo com sua colega de imprensa, que não noticiou o fato? Como podem ver, durante décadas,os EUA enganam, e bem, as pessoas ao redor do mundo vendendo uma liberdade que não existe em seu país. É essa liberdade que querem impor ao mundo, especialmente Cuba, Iraque, Afeganistão.

Essa é a "liberdade" é a que eles vendem ao mundo, junto com seus filmes. De manter uma prisão fora de seus território e torturar prisioneiros. Desrespeitando a soberania dos países, colocando navios de guerra no nosso mar territorial. Esse tipo de liberdade? Não quero, obrigado!

Chega! Depois tem mais.