Ontem, por volta de 22:15, houve um apagão em 18 estados do país e mais o Paraguai. Não é preciso dizer que atrapalhou a vida de milhões de pessoas que voltavam do trabalho, das aulas ou que estavam em casa.
Ao voltar a luz (aqui em Santos, ela retornou já próximo da meia-noite)liguei a televisão e ia acompanhado as notícias revezando entre Bandeirantes e Globo. Me chanou atenção na cobertura da emissora carioca, o enfoque político que a todo tempo os âncoras William Waack e Cristiane Pelajo, estavam tentando dar ao incidente ao entrevistar as autoridades do setor energético. Das muitas armadilhas que eles criavam com perguntas espinhosas, uma delas, feita por Waack para o representante da Operador Nacional do Sistema Elétrico, escancarou todas as intenções da emissora que há tempos está a serviço do PSDB:"Você considera que houve falta de investimento no setor?"
Além disso, dedicou-se o jornal quase inteiro ao apagão. Somente mudou de assunto para noticiar uma suposta agressão de agentes do governo de Cuba á blogueira cubana Yoani, emendado com os comentários tendenciosos de Jabor. Nem o caso da minissaia da estudante era mais interessante; a prioridade era atacar o Lula. Me chamou atenção também, o horário que o programa acabou: 2 da manhã...
Quem tinha dúvidas de que a emissora tem lado, todas elas foram desfeitas ontem. O programa em questão é o mais escancarado em relação ao posicionamento da grande imprensa. Quem deveria somente informar, deixando ao telespectador a missão de tirar suas conclusões, toma partido,manipula, e o que é pior: muitas vezes sem o contraditório. São milhões de pessoas atingidas com a informação-opinião da estrela maior do PIG (Partido da Imprensa Golpista).
Para ajudar aos seus amigos tucanos, eles viram especialistas em aviação, em segurança, economia, relações internacionais, energia, enfim especialistas em tudo menos em jornalismo.Certamente hoje tem mais no Jornal Nacional
Chega! Depois tem mais
