terça-feira, 9 de março de 2010

A realidade dos motoristas de ônibus em Santos

Voltando do meu curso por volta de 11:15 da noite de ontem, tudo parecia estar dentro na normalidade... ônibus lotado (ou superlotado) de estudantes e gente sonolenta depois de um dia de trabalho, paisagem conhecida da degradação humana do centro de Santos, depois que o sol se põe.

Mas por conta da (super) lotação do ônibus, não pude passar pela catraca (ou roteta como preferem alguns) e fiquei no espaço próximo a porta, onde já se encontravam três moças. Daí, começou-se uma coversa com o motorista (Apesar da plaquinha dizendo que não pode! (risos) Mas brasileiro não resiste a um bom papo). Ele contou sobre as "maravilhosas" condições de trabalho da dona do transporte público da Baixada Santista, tudo em nome do lucro. Uma delas é trabalhar por 10 horas/dia sem horário de almoço ou qualquer pausa para alimentação. Também a que todos ou quase todos já conhecem, que é a pressão para chegar no horário, apesar de o motorista ter de fazer tudo e mais um pouco.

Infelizmente, as pessoas somente se movimentam quando as coisas as atingem individualmente ou à alguém se sua família. É justificável que uma empresa faça isso com seus funcionários? Em nome do lucro, justifica-se colocar em risco milhares de vidas? Discute-se por time de futebol, discute-se quem vai ser eliminado no "instrutivo" Big Brother mas não se discute o monopólio do transporte, a tarifa caríssima, os motoristas afastados com problemas psicológicos (que é uma coisa séria, e não uma simples dor de cabeça).
Não tem milagre! Só se muda com consciência, união e batalha! Quando o povo quer, ninguém duvida.

Chega! Depois tem mais.

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