quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

As contradições da TV brasileira

Quando as primeiras TVs chegaram ao Brasil nos anos 50, a principal proposta era o entretenimento e a informação. Quase 60 anos se passaram da primeira transmissão, vemos uma TV cheia de contradições e bem longe de seu ideal.

As programações hoje são escravas da audiência e dos patrocinadores. A qualidade é o que menos importa e sim a lucratividade que pode render aos bolsos já abarrotados dos anunciantes. Programas voltados à educação como o "Telecurso", são exibidos extremamente cedo, entre cinco e seis horas da manhã. Esse horário só atinge dois tipos de público: os que estão se aprontando para o trabalho (que certamente não vão parar para prestar atenção) e a turma da insônia que não está nem aí para o que está sendo dito. Na madrugada é que são exibidos os melhores filmes, que tentam passar alguma cultura mas são poucas pessoas que prestam a devida atenção.

Já no chamado "horário nobre" e aos domingos (que, sem querer ser saudosista, era o melhor dia para se ver TV), temos de aturar os Big Brothers da vida,querendo vida fácil(mas mal sabem eles que o Bial, a Globo e as companhias telefônicas lucram milhões por semana sobre eles), Silvio Santos com seus programas equisitos, Faustão e seu quase monólogo (já que o convidado do seu programa raramente fala), Pânico na TV (que já foi melhor) e outras "tranqueiras televisivas".

A TV tem tomado o rumo da audiência pela audiência, sem critérios, bom senso ou qualidade. Só se julga um programa como bom, se ele consegue trazer lucros para a emissora. Quanto não fartura a Rede Globo com seu Big Brother, enganando a grande parte da população desde a "seleção"(leia - se indicação), até o vencedor, que é previamente escolhido pelos diretores do programa.

Muito dessa culpa também é nossa, dos telespectadores, pois eles passam o que as pessoas gostam. Se um restaurante serve bife à milanesa, e as pessoas gostam, mesmo sabendo que ele tem gordura, e que gordura faz mal, pra que vão servir filé de frango grelhado? O mesmo princípio pode ser aplicado pela televisão: Pra quê mudar o que tem dado certo? (ou seja: audiência.)

Chega! depois tem mais.

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