quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Se nome resolvesse...







O governador de São Paulo, José Serra, encaminhou para a Assembléia Legislativa um projeto de lei propondo que a Polícia Militar, volte a se chamar Força Pública. Segundo o governador, a mudança de nome seria para aproximar a polícia do cidadão.

Se uma simples mudança de nome tivesse efeito, eu iria agora num cartório e mudaria meu nome para Sílvio Santos, assim eu sairia da pindaíba em que eu estou hoje...

De que adianta mudar o nome e as práticas continuarem as mesmas? Trabalhadores que são constantemente confundidos com bandidos, sofrerem agressões? Ou uma simples troca de nome vai mudar a violência cometida, não raramente, contra manifestantes, a mando do governador?

Será que com a volta do antigo nome, vão se acabar os excessos cometidos nas abordagens? Vai terminar a festa dos subornos que muitos policiais exigem para que os grandes bandidos continuem soltos, recrutando jovens para o tráfico de drogas, arrebentando com suas vidas? Acabará o preconceito com os moradores de periferia, na sua grande maioria trabalhadora, que sofre com a diferença tanto no atendimento de ocorrências (para nós é mais demorado!) quanto no trato (quase sempre de maneira estúpida e preconceituosa! Com os moradores da praia eles têm mais classe...)

Antes de qualquer mudança de nome, tinha que se mudar o modo de agir. Tirar da cabeça que morar em periferia não torna a pessoa automaticamente uma criminosa ou indigna de respeito por parte de quem quer que seja, desde que ela seja honesta. Somente mudar um nome, uma farda ou qualquer detalhe que seja, não vai resolver se continuar a truculência com o cidadão de bem.

Chega! Depois tem mais.

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